Inveja- Sentimento perigoso
Como o ser humano pode ter sentimentos tão pequenos, tão mesquinhos como a inveja? Na verdade o invejosos pode até ser considerado um doente da alma! Ele tem baixa estima, não cuida da propria vida e tem vontade de ter as coisas com facilidade. Não quer lutar pra conseguir o que precisa. E pior ele quer sempre mais do que precisa.
A origem latina da palavra inveja é “invidere” que significa “não ver”.
Entretanto, a inveja não é uma característica intrínseca do gênero humano ela é fruto do egoísmo, em uma sociedade concorrêncial.
E no seguimento dos invejosos está uma classe de infividuos que age muitas vezes de forma inconsciente, mas, nocivamente para com o proximo é o chamado sujeito de "olho gordo". Popularmente chamado tambem de "Seca Pimenteira". Muitas pessoas que tem essa energia ruim, que é repassada a quem tá em volta e sem proteção, pelo olhar, muitas vezes nem sabe o porque tem essa energia nociva. Quase sempre nem sabe que sua inveja é nociva.
Há uma diferença entre o invejoso comum e o cara do Olho Grande, é que o do olho grande é capaz de destruir as pessoas sem defesa psiquica e espiritual, mas, o invejoso nem sempre é nocivo, a menos que ele se torne escravo dessa inveja e passe a tramar contra seu proximo.
E entre tantos sentimentos egoístas, o que mais nos chama a atenção é a “Inveja” e o que ele pode causar… Eis um dos sentimentos mais torpes e difíceis de serem eliminados da alma humana. Trata-se de um dos vícios que mais causa sofrimento à humanidade. Onde houver apego à materialidade das coisas, notadamente em seu significado, naquilo que o objeto de desejo simboliza em termos de bem-estar e status quo, aí estará à inveja, sobrevoando os pensamentos mais íntimos, qual a um urubu ou abutre insaciável, esfomeado pela carniça. A cobiça é o seu moto-contínuo.
No entanto, quando esse tema é abordado as pessoas sempre vão se lembrar de alguem que conhece, de um vizinho, de um colega de alguma forma, ele sempre vai lembrar de algum episódio. No entanto o dificil é as vezes admitir que em algum momento nos tambem possamos ser vistos pelos outros como um invejoso! Apontar o dedo é sempre mais facil! Mas, o bom mesmo é nos policiarmos sempre, até porque a inveja é um sentimento que poderiamos definir como contagioso. Não é a toa que os Santos Mandamentos nos alerta: "não desejar a mulher do proximo". Pra ser mais completo, meditemos sobre o versiculo inteiro, revelado no Livro do Exôdo: "17 Não cobiçarás a casa do teu próximo; não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma do teu próximo."
Infelizmente em algum momento de nossas vidas, podemos ser vitima desse sentimento baixo e que prejudica a alma, especialmente quando estamos fracos. E por falar em fraqueza, quero lembrar-vos que os obsessores sempre usam as pessoas estimulando esse pecado infame nelas. Os Espíritos que perturbam a nossa relativa felicidade, erroneamente chamados de obsessores, a fim de nos ver nivelados ao seu estado de inferioridade moral, agem movidos pela inveja.
Na Umbanda são chamados de Eguns, Kiumbas ou Magos Negros. Os Eguns, quanto estão no seu estado mais sombrio e sem dominio das vibrações do Astral Superior, os Kiumbas, quando estão sob dominio dos Magos Negros e os Magos Negros, quando querem dominar alguem!
Quantos reis e rainhas não foram massacrados, mortos em circunstâncias misteriosas, efeito direto dessa viciação moral? A chamada “puxada de tapete”, que ocorre nas empresas, nos vários locais de trabalho, inclusive na família e onde quer que se reúnam pessoas, sempre acontece sob inspiração desse vício hediondo e asqueroso.
O coração com saúde é a vida da carne, mas a inveja é a podridão dos ossos.
Provérbios 14:30
Essa não é a sabedoria que vem do alto, mas é terrena, animal e diabólica.
Tiago 3:15
E os patriarcas, movidos de inveja, venderam a José para o Egito; mas Deus era com ele.
Atos dos Apóstolos 7:9
Cruel é o furor e a impetuosa ira, mas quem parará perante a inveja?
Provérbios 27:4
Vendo, pois, Raquel que não dava filhos a Jacó, teve Raquel inveja de sua irmã e disse a Jacó: Dá-me filhos, senão morro.
Gênesis 30:1
Porque ele bem sabia que, por inveja, os principais dos sacerdotes o tinham entregado.
Marcos 15:10
Andemos honestamente, como de dia, não em glutonarias, nem em bebedeiras, nem em desonestidades, nem em dissoluções, nem em contendas e inveja.
Romanos 13:13
Também vi eu que todo trabalho e toda destreza em obras trazem ao homem a inveja do seu próximo. Também isso é vaidade e aflição de espírito.
Eclesiastes 4:4
Verdade é que também alguns pregam a Cristo por inveja e porfia, mas outros de boa mente; Filipenses 1:15
Mas, se tendes amarga inveja e sentimento faccioso em vosso coração, não vos glorieis, nem mintais contra a verdade.
Tiago 3:14
Porque, onde há inveja e espírito faccioso, aí há perturbação e toda obra perversa.
Tiago 3:16
Segundo alguns dicionários a inveja é: A acepção desta pequena palavra, contida no dicionário Aurélio, é deveras interessante. “Desgosto ou pesar pelo bem ou pela felicidade de outrem. Desejo violento de possuir o bem alheio.”
“O desejo por atributos, posses, status, habilidades de outra pessoa gerando um sentimento tão grande de egocentrismo que renegue as virtudes alheias, somente acentuando os defeitos”. Não é necessariamente associada a um objeto: sua característica mais típica é a comparação desfavorável do status de uma pessoa em relação à outra.
Os indivíduos, em contraposição, disputam poder, riquezas e status, aqueles que possuem tais atributos sofrem uma reação dos que não possuem que almejariam ter tais atributos, isso em psicologia é denominado formação reativa: que é um mecanismo de defesa dos mais “fracos” contra os mais “fortes”. E a inveja também pode ser definida como uma vontade frustrada de possuir os atributos ou qualidades de um outro ser, pois aquele que deseja tais virtudes é incapaz de alcançá-la, seja pela incompetência e limitação física, seja pela intelectual.
Ela surge graciosa e sedutora, quando sentimos uma sensação de perda, um vazio não preenchido pelo objeto de desejo, principalmente quando, numa formulação mental mesquinha e destrutiva, nos consideramos muito mais dignos do que aquele que possui o que não temos. Torna-se necessário, contudo, diferenciar a inveja, a cobiça, da busca do bem-estar. Não há nada de errado em trabalhar para se conquistar o conforto necessário à subsistência e às condições materiais imprescindíveis, visando o aprimoramento e a eficiência em determinada atividade, sem causar prejuízo ao próximo. Se alguém possui um objeto ou uma virtude que nos falta, desejá-los com humildade e sinceridade não é inveja.
O Espiritismo nos ensina que as pessoas que agem de modo desinteressado, com benevolência e ternura, de forma natural, sem afetações, sem hipocrisia, são como velhos guerreiros que no passado já autoconstruíram e conquistaram sua grandeza moral. Ter o desejo de se comportar como essas pessoas não é inveja. Se fosse, seria uma inveja deveras singular.
Entre os mitos, lendas e historias dos orixás, temos uma bem interessante que se refere a Obá, orixá que é sincronizado a Santa Joana D'Arc. A historia conta a disputa dessa orixá com Iansã pelo amor do Soberano Xângo, sendo capaz de cortar a propria orelha para tentar conquistar seu agrado. Essa atitude não deu muito certo e despertou foi nojo em Xango. Dizem que os filhos desse orixá tem uma tendência a cobiçar o amor dos outros e que por isso, tem maior dificuldade em casar, ou que acabam conseguindo uniões menos satisfatorias. Mas, isso na verdade só acontece naqueles que recebem o lado mais sombrio dessa vibração. E como sabemos depende muito dos cruzamentos vibratorios.
Vemos tambem a historia biblica de Caim e Abel que acabou em tragédia por causa da inveja de Caim. Este pensava como muitos hoje em dia, que simplesmente oferecendo ofertas a Deus que este ficaria grato e devedor, dando-lhe mais graças, atenção e riquezas, mas, vimos que não é bem assim. A oferenda precisa de amor, merecimento e aceitação.
Hoje em dia muitas pessoas de olho no marido, namorado ou bens das outras pessoas, enganam-se ao recorrer as encruzilhadas pra fazer macumba, achando que poderão destruir as pessoas num estalar dos dedos, ou que ficarão ricas só porque mexeram com magia negra! Um grande engano. Há tambem as que se dizem boas, que não mexem com a Esquerda, que só zelam orixás e que por isso, merecem e podem passar por cima das pessoas! São os falsos fiéis! Pensam tambem que porque ralam os joelhos o tempo todo na frente do altar, ou porque falam em Cristo diariamente e nos orixás que já estão salvos e abençoados. Deveriam saber que Deus escolhe pelo coração!
A virtude é um traço de caráter que é valorizado socialmente. Uma virtude moral é um traço que tem valor moral associado. A virtude tem origem na Grécia com a palavra Arete, que também pode ser traduzida como excelência. Foi traduzida para o latim como virtus, que é a sua raiz em português. Vale salientar que nas culturas orientais a noção de virtude surgiu há muito tempo atrás, com a capacidade de realizar ou oferecer vida.
Nossas maiores virtudes e saber desenvolver o amor e a partir deste evoluir, como tambem saber viver em harmonia com o proximo repartindo o que há de melhor em nós! De acordo com Aristóteles, as virtudes se aperfeiçoam com o hábito. Virtude, segundo Aristóteles, é uma disposição adquirida de fazer o bem. Segundo Joaquim Clotet, é a forma de agir que enobrece a pessoa, que a aperfeiçoa. O contrário é o vício, que degrada ou destrói a pessoa.
Voltaire, em uma carta a Frederico, o grande, em 1737, escreveu que:
“a virtude, o estudo e a alegria são três irmãos que não devem ser separados”. Emmanuel Kant dizia que as virtudes se aprendem no colo da mãe. Comte-Sponville acredita que as virtudes podem ser ensinadas principalmente através de modelos de identificação adequados.
Sócrates (470-399 a.C.) - O estudo da virtude se inicia com Sócrates, para quem a virtude é o fim da atividade humana e se identifica com o bem que convém à natureza humana. Na sua conceituação, comete dois erros: 1) confunde a ordem moral com a ordem do conhecimento; 2) exagerado otimismo.
Aristóteles (384-322 a.C.) - Ao conceito já esboçado como hábito, isto é, de qualidade ou disposição permanente do ânimo para o bem, Aristóteles acrescenta a análise de sua formação e de seus elementos. As virtudes não são hábitos do intelecto como queriam Sócrates e Platão, mas da vontade. Para Aristóteles não existem virtudes inatas, mas todas se adquirem pela repetição dos atos, que gera o costume, daí o conceito de virtude moral. Os atos, para gerarem as virtudes, não devem desviar-se nem por defeito, nem por excesso, pois a virtude consiste na justa medida, longe dos dois extremos.
Platão (429-347 a.C.) - Desenvolve a doutrina de Sócrates. Apresenta a virtude como meio para atingir a bem-aventurança. Descreve as 4 virtudes cardeais: a sabedoria, a fortaleza, a temperança e a justiça.
Cristianismo - A influência da Sagrada Escritura fez com que se acrescentasse às virtudes cardeais, as virtudes teologais. Santo Agostinho diz que “a virtude é uma boa qualidade da mente, por meio da qual vivemos retamente”. Santo Tomás de Aquino diz que “a virtude é um hábito do bem, ao contrário do hábito para o mal ou o vício”.
Também vi eu que todo trabalho e toda destreza em obras trazem ao homem a inveja do seu próximo. Também isso é vaidade e aflição de espírito.
Eclesiastes 4:4
E assim para despertar as virtudes que exisem em nós, nos livrando dos vicios e da inveja, devemos primeiro nos livrar da vaidade, do egoismo e do apego as coisas dese mundo. Busquemos a luz, a paz entre os irmãos e a humildade sempre!
Carlinhos Lima - Astrologo, Tarologo e Pesquisador
http://portalesdoceu.blogspot.com
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