Mês de Julho






Mês número 7 do ano.
Número muito especial!
O mês de julho que começa hoje, inicialmente recebia o nome de “Quintilis” (cinco em latim) pois era o quinto mês do calendário romano. Ele passou a ser chamado de Julho por causa de Júlio César, já que foi nesse mês que ele nasceu.

É o sétimo mês do ano no Calendário Gregoriano, tendo a duração de 31 dias.

Julho e Agosto são os únicos meses seguidos do ano que têm 31 dias e sabe porque? Porque os dois meses prestam homenagem aos imperadores romanos Júlio César e César Augusto e nenhum dos homenageados em questão quis ter um período de homenagem mais curto.

Uma curiosidade interessante sobre o mês de julho é que começa no mesmo dia de semana que Abril. Já nos anos bissextos, Julho começa no mesmo dia da semana que Janeiro. Eu nunca tinha prestado atenção nesse fato…Julho começa (astrologicamente) com o Sol no signo de Câncer e termina no signo de Leão. Astronomicamente falando, o Sol começa na constelação de Gemini (Gêmeos) e termina na constelação de Câncer.
No roda do ano pagã julho termina em Lughnasadh ou próximo dele no hemisfério norte. No calendário irlandês o mês é chamado de Iúil e é o terceiro e último mês da estação do verão.
A flor de Julho é a flor de lótus, uma belíssima flor.

Lótus é o símbolo da expansão espiritual, do sagrado, do puro.
A lenda budista nos relata que quando Siddhartha, que mais tarde se tornaria o Buda, tocou o solo e fez seus primeiros sete passos, sete flores de lótus cresceram. Assim, cada passo do Bodhisattva é um ato de expansão espiritual. Os Budas em meditação são representados sentados sobre flores de lótus, e a expansão da visão espiritual na meditação (dhyana) está simbolizada pelas flores de lótus completamente abertas, cujos centros e pétalas suportam imagens, atributos ou mantras de vários Budas e Boddhisattvas, de acordo com sua posição relativa e relação mútua.
Do mesmo modo, os centros da consciência no corpo humano (chacras) estão representados como flores de lótus, cujas cores correspondem ao seu caráter individual, enquanto o número de suas pétalas corresponde às suas funções.
O significado original deste simbolismo pode ser visto pela semelhança seguinte: Tal como a flor do lótus cresce da escuridão do lodo para a superfície da água, abrindo sua flores somente após ter-se erguido além da superfície, ficando imaculada de ambos, terra e água, que a nutriram - do mesmo modo a mente, nascida no corpo humano, expande suas verdadeiras qualidades (pétalas) após ter-se erguido dos fluidos turvos da paixão e da ignorância, e transforma o poder tenebroso da profundidade no puro néctar radiante da consciência Iluminada (bidhicitta), a incomparável jóia (mani) na flor de lótus (padma). Assim, o arahant (santo) cresce além deste mundo e o ultrapassa. Apesar de suas raízes estarem na profundidade sombria deste mundo, sua cabeça está erguida na totalidade da luz. Ele é a síntese viva do mais profundo e do mais elevado, da escuridão e da luz, do material e do imaterial, das limitações da individualidade e da universalidade ilimitada, do formado e do sem forma, do Samsara e do Nirvana.
Se o impulso para a luz não estivesse adormecido na semente profundamente escondida na escuridão da terra, o lótus não poderia se voltar em direção à luz. Se o impulso para uma maior consciência e conhecimento não estivesse adormecido mesmo no estado da mais profunda ignorância, nem mesmo num estado de completa inconsciência um Iluminado nunca poderia se erguer da escuridão do Samsara.
A semente da Iluminação está sempre presente no mundo, e do mesmo modo como os Budas surgiram nos ciclos passados do mundo, também os Iluminados surgem no presente ciclo e poderão surgir em futuros ciclos, enquanto houver condições adequadas para vida orgânica e consciente.


E a pedra de Julho é o rubi.

O rubi sempre foi admirado como pedra e utilizado como gema em joalharia. Na Índia o rubi é chamado ratnaraj, que significa “senhor das pedras preciosas”. De acordo com a lenda hindu, o rubi vermelho surgiu a partir de um diamante quando uma rainha foi assassinada e o seu sangue cobriu o diamante e todas as pedras iguais a esta. O rubi estava associado ao calor e à paixão e eram considerados valiosos por manterem a saúde do corpo e da alma.
Era também utilizado para evitar perdas de sangue e doenças do sangue. Os hindus por vezes incrustavam rubis na pele pois acreditavam que isto os iria proteger contra as feridas provocadas por setas.
Ainda hoje se acredita que o rubi favorece a circulação sanguínea e o coração. Também se crê que no amor faz com que este sentimento se torne sublime e grandioso, alcançando todo o universo.
É a pedra de nascimento do mês de Julho.

Fada do Mês:

FADA: CLIODHNA

Cliodhna é uma fada de rara beleza e longos cabelos loiros que gosta de ajudar os enfermos e aliviar sua dor.
Ela possui três pássaros mágicos, os quais cantam nos sonhos dos doentes, fazendo-os melhorar.
Ela é a Rainha de Munster.
RITUAL:
Entre em alfa e visualize três pássaros dourados voando sobre você.
Escute o som de seu canto e depois peça saúde e proteção para você e toda a sua família.
Como oferenda jogue sementes de girassol ao ar livre para que os pássaros possam comê-las.


Deusa do Mês:

Amaterasu rege Julho
É a deusa do sol no xintoísmo e na antiga e mítica família real japonesa. O seu nome completo é Amaterasu Ymikani, que significa deusa gloriosa que brilha no céu. E é desde aí que nos convida, este mês, a tirar partido da alegria de viver, da amizade, da família, da diversão, do amor... Segundo as leis japonesas, Amaterasu estava triste por causa da falta de sensibilidade dos humanos e fechou-se na sua caverna. Então, a Terra escureceu e aconteceram muitos desastres. Os deuses, preocupados, celebraram uma festa muito alegre à entrada da caverna e assim que a deusa apareceu a sua imagem reflectiu-se num espelho, renascendo o Sol e a Terra.

As suas recomendações:
Podemos fazer um amuleto sob a protecção desta deusa para atrair a prosperidade material e a abundância à nossa vida. Fazemo-lo, introduzindo folhas de freixo e doze moedas douradas num saco feito de tecido ou papel amarelo. Deve ser usado durante todo o mês guardado num local escuro até que se cumpra o desejo de prosperidade material.
Deve usar-se a cor amarela.
Amaterasu convida-nos a usar jóias douradas ou amarelas e figuras ou desenhos alusivos ao Sol.
Se plantarmos uma árvore num local público por onde transitem muitas crianças, contaremos com a boa protecção desta deusa.
A sua mensagem: ainda que tudo à nossa volta nos pareça escuro, no final o Sol acaba por aparecer e iluminar a nossa vida.


Orixá do Mês:

Nanã

Entre o mundo dos vivos e o mundo dos mortos, existe um portal. É a passagem, a fronteira entre a vida e a morte.Sua regente: Nanã. Senhora da morte, geradora de Iku (morte). Deusa dos pântanos e da Lama. Mãe da varíola, regente das chuvas, Nanã é de origem Jeje, da religião da Dassa Zumê e Savê, no Daomé, hoje conhecida com República de Benin.

A mais temida de todas os Orixás. A mais respeitada. A mais velha, poderosa e seria. Nanã é o encantamento da própria morte. Seus cânticos são súplicas para que leve Iku – a morte – para longe e quem permite que a vida seja mantida.

É a força da Natureza que o homem mais teme, pois ninguém quer morrer! Ela é a Senhora da passagem desta vida para outras, comandando o portal mágico, a passagem das dimensões.

Nas casas de Santo, Nanã é extremamente cultuada e temida, pelo poder que ostenta. É ela a mãe da varíola e se faz presente quando existe epidemia da doença.

Nanã também está presente nos lodaçais, lamaçais, pois nasceu do contanto com água com a terra, formando a lama, dando origem à sua própria vida. Em terras da África, Nanã é chamada de Iniê e seus assentamentos (objetos sagrados) são salpicados de vermelho.

Nanã é lama, é terra com contato com a água. Nanã também é o pântano, o lodo, sua principal morada e regência.

Ela é a chuva, a tempestade, a garoa. O banho de chuva, por isso, é uma espécie de lavagem do corpo, homenagem que se faz à Nanã, lavando-se no seu elemento. Por isso, não devemos blasfemar contra a chuva, que muita vezes estraga passeios, programas, compromissos, festas e acontecimentos. A chuva é a parte da vida, que vai irrigar a terra, Se ela cai demais, é porque a força da Natureza, Nanã, está insatisfeita. E, amigo... queira ver tudo, mas não queira ver a ira de Nanã. Posso lhe assegurar que não existe nada mais feio!

Considerada a Iabá (orixá feminina) mais velha, foi anexada pelos iorubanos nos rituais tal a sua importância. Nanã é a possibilidade de se conhecer a morte para se ter vida. É agradar a morte, para viver em paz. Nanã é a mãe, boa, querida, carinhosa, compreensível, sensível, bondosa, mas que, irada, não reconhece ninguém.

Nanã é o Orixá da vida, que representa a morte. E a isso devemos o máximo respeito e carinho.

Mitologia

Nanã, Senhora de Dassa Zumê, mãe de Obaluaê, Ossãe, Oxumarê e Ewá, elegante senhora, nunca se meteu preocupou com o que este ou aquele fazia de sua própria vida. Tratou sempre de si e dos filhos, de forma nobre, embora tenha sido sempre precoce em tudo.

Entretanto, Nanã sempre exigiu respeito àquilo que lhe pertencia. O que era seu, era seu mesmo. Nunca fora radical, mas exigia que todos respeitassem suas propriedades.

E, mas uma vez, vemos Ogum numa historia.

Viajante, conquistador, numa de suas viagens, ogum aproximou-se das terras de Nanã. Sabia que o lugar era governado por uma velha e poderosa senhora. Se quisesse, não seria difícil tomar as terras de Nanã pois, para Ogum, não havia exercito, nem força que o detivesse. Mas Ogum estava ali apenas de passagem. Seu destino era outro, mas seu caminho atravessava as terras de Nanã. Isto ele não podia evitar e nem o importava, uma vez que nada o assustava e Ogum nada temia.

Na saída da floresta, Ogum deparou-se com um pântano, lamacento e traiçoeiro, limite do inicio das terras de Nanã. Era por ali que teria que passar. Seu caminho, em linha reta, era aquele – por pior que fosse e não importando quem dominava o lugar. O destino e objetivo de Ogum era o que realmente lhe importavam.

Parou à beira do pântano e já ia atravessá-lo quando ouviu a voz rouca e firme de Nanã:

- Esta terra tem dono. Peça licença para penetrar nela!

No que Ogum respondeu em voz alta:

- Ogum não pede, toma! Ogum não pede, exige! E não será uma velha que impedira meu objetivo!

- Peça licença, jovem guerreiro, ou se arrependerá!, retrucou Nanã com a voz baixa e pausada.

- Ogum não pede licença, avança e conquista! Para trás, velha, ou vai conhecer o fio da minha espada e a ponta de minha lança!

Dito isto, Ogum avançou pela pântano, atirando lanças com pontas de metal contra Nanã. Ela, com as mãos vazias, cerrou os olhos e determinou ao pântano que tragasse o imprudente e impetuoso guerreiro.

E assim aconteceu...

Aos poucos, Ogum foi sendo tragado pela lama do pântano, obrigando-o a lutar bravamente para salvar sua própria pele, debatendo-se e tentando voltar atrás. Ogum lutou muito, observado por Nanã, até que conseguiu salvar sua vida, livrando-se das águas pantanosas e daquela lama que quase o devorava.

Ofegante e assustado, Ogum foi forçado a recuar, mas sentenciou:

- Velha feiticeira! Quase me matou! Não atravessarei suas terras, mas vou encher este de pântano de aço pontudo, para que corte sua carne!

Nanã, impassível e calma, voltou a observar:

- Tu és poderoso, jovem e impetuoso, mas precisa aprender a respeitar as coisas. Por minhas terras não passarás, garanto!

E Ogum teve que achar outro caminho, longe das terras de Nanã. Esta, por sua vez, aboliu o uso de metais em suas terras.E, até hoje, nada por ser feito com laminas de metal para Nanã.



Dados

Dia: sábado;

Data: 26 de julho;

Metal: latão;

Cor: branco com traços azuis ou roxos;

Partes do corpo: protege a barriga, o útero, a parte genital feminina, protege as mulheres gestantes;

Comida: Aberem(milho torrado e pilado do qual é feito um fubá com açúcar ou mel), mugunzá;

Arquétipo: tolerantes, mas implicáveis, maduros, lentos, firmes, bondosos, simpáticos, extremamente limpos e com temperamento artísticos;

Símbolo: ibiri e os bradjas ( contas feitas com búzios, dois a dois, e cruzados nos peitos, indicando ascendente e descendente)

Sem mais. desejo a todos um Feliz Julho!

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